segunda-feira, 17 de outubro de 2016

RESULTADO DO 2º CONCURSO DISSERTATIVO BÍBLICO











TEMA DESTE SEGUNDO CONCURSO: 




A IGREJA E AS QUESTÕES POLÍTICAS ATUAIS




















A IGREJA E AS QUESTÕES POLÍTICAS ATUAIS


Para falar em política precisamos nos remeter ao conceito clássico apontado por Aristóteles que associava à política à moral com a clássica citação que “o homem é um animal político”. Assim, a política enquanto ciência, ação, conjunto de regras e princípios tem se pervertido com o partidarismo político gerando uma catastrófica crise de ética que vem abalando as sociedades contemporâneas, especialmente a brasileira.

Os cristãos da igreja primitiva viveram sob um regime de autoridades impiedosas com leis injustas e brutais do império romano. Em nossos dias diz-se que vivemos um estado de direito, mas com garantias políticas relativizadas diante dos desmandos que acontecem nos poderes que foram criados para proteger o cidadão, cujas decisões assumem um caráter manobrista de proteção descabida e criminosa desrespeitando-se até a Constituição. Recentemente, as mídias anunciaram uma tentativa de descriminalização à prática do caixa dois com anistia àqueles envolvidos em campanhas eleitorais anteriores a 2016. O mais surpreendente é que a autoria de tal absurdo é desconhecida! Deve ter sido um filho/a das trevas mesmo quem a apresentou.

Em Romanos, 12:2, o apóstolo Paulo orienta de forma incisiva: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. A partir dessa orientação e na qualidade de seguidores do Senhor Jesus Cristo, como deve ser o nosso procedimento em relação à política? O estilo de vida do cristão deve refletir a vontade de Deus e não ser moldado pelas pressões e circunstâncias externas. Isto significa que as mudanças de atitudes devem ser estabelecidas através da Palavra, onde constam os princípios norteadores de todas as nossas ações.

Há quem entenda que o Estado laico dispensa os elos da religião, ou seja, esta e política não se misturam. No entanto é pertinente afirmar que como cristãos, não podemos ter opiniões e envolvimento político fora dos padrões da Palavra. Em Tito, 3:1, o autor enfatiza a obediência às autoridades e sobretudo que estejamos prontos para toda boa obra. Sendo assim, não há meio termo. Não podemos como cristãos compactuar com práticas e decisões que venham a dirimir nossos princípios morais, pois somos o sal da terra e a luz do mundo (Mat. 5:13-14). Isto define o nosso caráter cristão.                                                                                                                                                                                                                                         
 Ives Gandra Martins, doutor em Direito pela Universidade Mackenzie, afirma que a laicidade do Estado não significa ausência de religião no espaço público. “O Estado laico não é um estado ateu(...). É apenas um Estado em que as decisões políticas não dependem de qualquer igreja, mas onde quem tem religião tem todo o direito de exercer sua cidadania”. Defende ainda que, para quem tem uma religião é impossível dissociar convicções religiosas de convicções não religiosas. 

Portanto, na política sejamos protagonistas do Reino a fim de que nossas ações glorifiquem o nome do nosso Senhor Jesus Cristo.

AUTORA: Elza Bittencourt
Grupo: Alfa & Ômega
































A igreja e as questões políticas.


Quando apreciamos o entendimento sobre a criação do universo, deparamo-nos com a autoridade do Criador: " Que haja luz"(Genesis 1:3)

Ante a tamanha grandiosidade, podemos não perceber que a luz se fez a partir de uma ordem. Mas que somente a autoridade de Deus poderia estabelecer.

Quando criancas percebemos no nosso primeiro núcleo social - a família - quem exerce autoridade sobre nós. A maturidade e entendimento cristão nos fazem percorrer uma longa jornada ao entendimento sobre Criador e Criatura; autoridade e subordinado.

Comumente nossa primeira noção de autoridade se reflete no pai e mãe. É no âmbito familiar que desenvolvemos nossas habilidades e modo de conduta, a partir dos ensinamentos e exemplos a nós dedicados ainda pequenos.

A escola contribui com os ensinamentos para a formação cognitiva e intelecta. E produz para a sociedade papel fundamental nas orientações sociais, profissionalidade e políticas.
Nesse ínterim, o Estado enquanto mantenedor responsável por subsidiar esse papel, pode ainda contar com as contribuições do chamado Terceiro Setor.

Dentro desta perspectiva observamos a multiplicação da participação de denominações religiosas no auxílio às prestações sociais e educacionais, aptas a tornar um ambiente propício à inclusão político-social do indivíduo na sociedade. Eis um trabalho desafiador para a igreja.

Atualmente nosso país vive grave crise financeira. Estamos diante de calamidades sociais provocadas pelo desemprego, falta de oportunidades e renda. E o homem por sua natureza pecaminosa e fragilidade espiritual muitas vezes desfalece diante de tantas injustiças, e passa a inquirir - a exemplo do profeta Habacuque - por quê Deus nos faz ver tanta injustiça e maldade?(Habacuque 1:3)

E o que dizer das crises políticas entre países desenvolvidos em que almejamos seu confortável estilo e padrões de vida, educação e saúde? Parecem mais assemelharem-se  ao povo babilônico, onde suas vanglorias encontravam-se na própria força.
Grande é o desafio para a igreja atual levar o evangelho em meio ao caos,  em que o homem  vive de subjugar o próprio homem.

Vivemos tempos em que o materialismo encontra-se arraigado. E vemos que muitas denominações religiosas encontraram nesse perfil de sociedade o ambiente "perfeito" para difundir a chamada "doutrina da prosperidade".

Contudo, muitos dos que receberam o dom para difundir o evangelho estão distantes de promover uma unificação em Cristo.

Nossos líderes religiosos parecem estar muito distantes do exemplo do apóstolo Paulo, quando o mesmo escreveu a carta aos romanos, onde se via no contexto uma preocupação - ante à diversidade de povos e cultura - em expor de forma clara e precisa a obra de Cristo, difundindo a justificação frente à obediência à Lei pela Fé.

Apesar disso, a exemplo dos romanos, a quem Paulo dedicou preciosas recomendações, deparamo-nos com o salário do pecado, fruto de nossa desobediência. Somos diretamente atingidos pelos "desajustes" de nossas autoridades familiares, religiosas e públicas.

Precisamos voltar ao começo de tudo. Lembrar-nos que tudo nos foi dado por autoridade e intercessão de Deus. Que nada nos pertence. Tudo é d'ele. E só por obediência às Leis d'ele podemos assistir e participar e contribuir para unificação da igreja.

Não precisamos somente de trabalhos sociais promovidos pelo terceiro setor, o qual muitas igrejas contribuem. Mas precisamos sim de uma evangelização comprometida com o evangelho de Cristo.

Lembrando-nos o corpo e sangue de Cristo como testemunho de amor, obediência e salvação.
Onde a obediência se transforme em fruto de comunhão, tolerância, respeito ao próximo e às autoridades que neste plano foram constituídas. E estas possam exercer seu papel fazendo frente à justiças sociais, equidades e bem-estar de seus governados.

Nesta direção a palavra de Deus nos ensina que o transcurso de nossa vida deve tomar o exemplo de Cristo, vivendo debaixo da autoridade de Deus, de modo a nos tornarmos cidadãos do Reino dos Céus.

Pois bem clara foi a mensagem de Deus ao profeta Habacuque frente as suas queixas: " Os maus não terão segurança, mas as pessoas corretas viverão por serem fiéis a Deus."(Habacuque 2:4)


AUTORA: Fabricia de Castro
GRUPO: Sabedoria































TEMA: A IGREJA E AS QUESTÕES POLÍTICAS


Segundo o dicionário etimológico José Pedro Machado, o termo política advém da palavra grega Politikus, que significava " cívico" que tem sua origem na palavra "Polites" que foi uma identificação usada por cidadãos, que eram pessoas com direitos e deveres na antiga Polés grega, ou cidade estado.

De mesma forma a palavra igreja no supracitado dicionário aparece como, advinda da palavra "Ekkesya" que era o ajuntamento humano para fins políticos ou militares, uma forma latina foi usada pela primeira vez pela igreja do primeiro século, sendo assim " Ecclesia" começava a designar um grupo de pessoas crentes em Cristo ou o lugar onde tal grupo se reunia.

As atribuições de política e igreja são milenares, contudo vivemos no Brasil e no mundo uma efervescência digital, onde qualquer informação, relevante ou não, espalha-se explicitamente e rapidamente e isso tem revelado que por muitas gerações fizemos das duas palavras um jogo de interesses, onde o único fim é o lucro e as vantagens, infelizmente tal enfermidade assola tanta política quanto igreja e tem visto no casamento das duas um grande vetor para a contaminação de muitos.

Com a efervescência digital, trivializou-se os escândalos éticos em várias esferas da sociedade, a igreja cristã foi apenas mais uma "vítima", seja no seguimento católico ou no protestantismo moderno, vimos nas últimas décadas toda sorte de escarcéu religioso, ora sexual, ora financeiro o leque de escândalos teve uma multiforme variedade. Disto vive-se a banalização do que seria a igreja. 

Enquanto isso na política testemunhamos a um nível nacional e internacional, que o bem comum para o qual a política foi desenvolvida ficou à muito negligenciado. Exemplifico isto com breve menção histórica da grande partilha do oriente próximo pelas duas potências neocolonialistas França e Gran- Bretanha, que nos pôs-primeira guerra, mentiram ao mundo sobre seus interesses em formar um país para os Judeus e um estado para os Árabes, e diminuir os conflitos de uma área historicamente conflituosa. O acordo ficou conhecido como Sykes-Picot, e denunciados pelo partido comunista Russo, que acabara de derrubar o imperador, e ao tomar conhecimento do acordo, conta a imprensa internacional sobre os planos petrolíferos e do canal de Suez das duas potências da época. Talvez possamos entender isso como gesto de grandeza do partido Russo, que pensando no bem coletiva denúncia as doenças da ganância, ou sem maniqueísmo podemos ver uma ideologia, fazendo uma publicidade mordaz.

Na política atual, nada mudou muito em um nível internacional, ainda vemos potências explorando países em desenvolvimento, e governos que visam apenas o seu próprio bem, e esquecem-se que o bem do todo, simplesmente significa o bem de todos.

Em um nível nacional, nunca estivemos mais a par e menos informados, é algo paradoxal, mas a nossa política é a foto cópia de um paradoxo. Em pleno processo de impeachment, em um dado momento sentimos que foi algo orgânico e necessário, passam alguns dias e recebemos notícias que existem gravações em que homens do Governo sugerem, troca do líder federal para que se pare uma "Sangria" referência a operação da polícia federal. Onde está o bem comum? Supressor em um balaio de interesses.

Disposto os dois termos aqui discutidos juntos, a política e a religião, podemos ver que, às definições de ambos têm sido deturpadas, mal quistas, é bem mal vividas até, contudo nas escrituras sagradas, achamos tanto em Jesus quanto no apóstolo Paulo respostas para o que vivamos em paz com ambas, tanto na política como na igreja.

Jesus disse "Pagai a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus." Marcos 12:17, separando assim religião e estado, Jesus não teve seu entendimento sobre o assunto revogado, quando o imperador Constantino, fez do cristianismo religião oficial do império. Muito menos quando o papa Gregório VII brigava com o imperador do império Sacro Romano-Germânico, Henrique IV por mais autoridade religiosa.
O apóstolo Paulo, contudo, faz menção aos seus direitos como cidadão em Atos 22, mostrando que apesar de entender que a sua pátria era outra em Felipenses 3:20, " Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador [...]" fez valer seus direitos de cidadão, o que nos mostra que se ele tinha direitos também tinha deveres. Nisto vejo que somos chamados como igreja a conhecermos nossos direitos e deveres, a nossa constituição de 1988 guarda 5 capítulos sobre direitos fundamentais do cidadão e sobre direitos individuais e coletivos, tudo o que não se alinha com este documento deve ser evitado pela igreja a fim de cumprir um compromisso com Deus e com esta nação. 

Cito alguns dos nossos deveres como igreja e indivíduos, citados pelo portal Brasil: Votar para escolher nossos governantes; cumprir as leis; respeitar os direitos sociais de outras pessoas; educar e proteger nossos semelhantes; proteger a natureza; proteger o patrimônio público e social do País; colaborar com as autoridades.

E com todos esses deveres nos Lembramos firmemente de Romanos 13:1
"Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas."

Contudo nunca esquecemos o capítulo anterior e seu segundo versículo " E não sede conformados comeste mundo, mas sede transformado pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus "


AUTOR: Flávio Araujo

GRUPO: ÁGUIA































A igreja e a política: breve reflexão


Refletir sobre a igreja e a política torna-se um desafio. Há um ditado que diz: “religião e política não se discute”.  Será mesmo? O  cristão/cidadão, responsável e consciente de seus atos necessita, por obrigação da lei brasileira, comparecer às urnas eleitorais para decidir através de seu voto quem irá representa-lo por mais quatro anos. Portanto, como decidir sem discutir e analisar o contexto econômico, social, o  local e nacional?

 Este início um tanto provocativo,  é para tão somente aguçar  nossos pensamentos, porém, dada a sua amplitude e riqueza de debate, não há intenção de esgotar este tema mas apontar breves reflexões.

Considerando que o  conceito de política é vasto e seu uso bastante diversificado, tomemos como ponto de partida o que a  filósofa Marilena Chauí,  no livro Convite à filosofia (1995) discorre sobre o significado e o uso da palavra política. Eis um trecho:
“(...) o crescimento das atribuições conferidas aos governos, sob a forma do Estado, levou a uma ampliação do campo das atividades políticas, que passaram a abranger questões administrativas e organizacionais, decisões econômicas e serviços sociais. Essa ampliação acabou levando a um uso generalizado da palavra política para referir-se a toda a modalidade de direção de grupos sociais que envolva poder, administração e organização. ( p.368).

Mais adiante a mesma autora aprofunda a análise relacionando ao uso da palavra política ao significado de governo. “A política neste sentido, refere-se, portanto, à ação dos governantes que detém a autoridade para dirigir a coletividade organizada em Estado”. Temos a compreender que em se tratando do sistema de organização da maioria dos continentes a política como ato administrativo de governança coletiva é algo intrínseco a nossa sociedade.

Considerando o registro da autora sobre o conceito inicial relacionado a política, podemos inferir que atualmente o conceito de política está muito mais associado a acordos ilícitos, ao favorecimento de interesses pessoais ou de pequenos grupos em desfavor dos moradores locais. Perdemos o entendimento e essência do “fazer política” como ato representativo das necessidades e interesses do coletivo.

Infelizmente, este pensamento é reforçado através das atitudes de parte dos nossos candidatos após serem admitidos ao cargo público, o que traz à grande parte da população um sentimento de rejeição ao debate desta temática
E a igreja? Qual o papel a ser exercido?

Comungo do pensamento de alguns cristãos que compreendem que a igreja não deva ser espaço para campanhas político partidárias. Sobre este aspecto Hernades Dias Lopes em 2014 afirmou “que a igreja não deve se transformar numa praça, nem o púlpito num palanque, a igreja não pode ser um curral eleitoral, entretanto a igreja tem o compromisso de esclarecer os seus membros acerca da necessidade de exercermos a nossa cidadania com responsabilidade”( A igreja e a política, Yutube)

A igreja não pode vendar seus olhos diante das questões e temáticas que são inerentes a todo o cidadão. Nem tão pouco ter uma postura partidária em favor de algum benefício próprio. Em sua época Jesus, veio para restaurar a lei de Deus que estava distorcida e mal utilizada. Obscurecida pela ótica da tradição e regras humanas. A igreja de Jesus segue com esta atribuição, orientar o povo a discernir sobre o que é verdadeiro:

“ Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento “ ( Filipenses 4:8).

Portanto, a importância da igreja em tempos de desanimo e desesperança, torna-se singular. Pois a igreja através do ensino da Palavra de Deus traz conteúdos que abastecem a alma e municiona nós cidadãos para a tomada de decisões cada vez mais conscientes e responsáveis em benefício de nossa vida local, nossa cidade e de nosso Brasil.


AUTORA: Jane Freire
GRUPO: Alfa e Ômega































Tema: A igreja e as questões políticas

 A postura apolítica da igreja foi formulada a partir de conceituações equivocadas sobre o seu papel no seio da sociedade. Historicamente, a experiência negativa da relação “igreja-estado” a partir do terceiro século da Era Cristã fez com que a igreja perdesse a sua razão de ser. O seu papel missionário de pregar o Evangelho de Cristo tornou-se uma justificativa para a expansão política.

Líderes da igreja coroando e descoroando reis, influenciando sobre guerras e conflitos e o abuso do poder eclesiástico foram suficientes para nascer a reforma protestante. Grupos cristãos voltados para santidade passaram a omitir-se de qualquer envolvimento com políticas. Através dos séculos da era cristã a questão política tem dividido opiniões e tem provocado cisões na igreja como um todo.

A POLÍTICA NOS DIAS DE CRISTO. Desde os tempos de Cristo quando o Império Romano subjugava o mundo de então, a Palestina que vivia em constantes revoltas internas na sua política, precisava de “algo novo” capaz de mudar a vida das pessoas. João Batista, profeta do deserto, foi capaz de tornar-se um dos mais ferrenhos críticos ao sistema governante da Palestina. Havia alguns grupos políticos na época, os quais desenvolviam um tipo de política atrelado à religiosidade, especialmente, ao judaísmo.
Havia o partido dos herodianos que tinha no rei Herodes, rei da Judéia, a esperança de mudança, uma vez que o reino de Israel era submisso ao império romano. Herodes era idumeu, descendente de Esaú, e fora imposto pelo Imperador, por isso, seu partido não tinha boa aceitação entre os judeus. Na verdade, política e religião definiam as posições partidárias dos israelitas, e o quadro social da Palestina se mostrava inseguro e agravado pelos problemas econômicos de pobreza e miséria social na vida do povo.

Especialmente, na Palestina, os partidos políticos eram também religiosos. O partido dos saduceus era constituído por membros da aristocracia sacerdotal e por pessoas leigas, mas que tivessem possessões. O partido dos fariseus era um partido separatista. Seus membros não se misturavam com o povo. Seguiam uma linha espiritualista, ao contrário dos saduceus que tinham uma visão mais filosófica e legalista. Ligados, também, ao judaísmo, os fariseus eram liderados pelos escribas, os quais se ufanavam de serem intérpretes da lei de Moisés e dos Profetas.
            Porém, numa dissidência dos farisaísmos surgiu o partido dos Zelotes (Zelosos), que também era construído de legalistas quanto à lei de Moisés, mas tinham uma característica revolucionária em termos de política.        Sonhavam com a independência nacional e criam e esperavam a vinda do Messias que haveria de expulsar o opressor romano e instalaria um governo de paz. Esse partido era extremista e, entendia que sua revolução política, visava preparar o mundo para a vinda do Messias.
            Os essênios foram um partido que abrigava os chamados alienados, excluídos da sociedade. Era voltada para uma vida de reclusão, uma vida monástica no deserto, com uma ideia de purificação social. Naqueles dias, a situação política, externa e interna, em Israel, era complicada. Os romanos queriam estabelecer um domínio mundial, e para tal, qualquer ameaça a esse afã romano, era destruída. Nesse período caótico político e religioso apareceu Jesus para fazer a diferença.
            Seu projeto era revolucionário, novo e singular. A pregação da chegada do Reino de Deus entre o povo se constituía numa ameaça aos grupos políticos e religiosos. O PAPEL POLÍTICO DA IGREJA HOJE.
            Entendo que a igreja se constitui de pessoas que dependem de governos para sua sobrevivência. Somos cidadãos em nossos países, votamos e podemos ser votados.
            Nada há na Palavra de Deus que proíba o cristão de filiar-se a um partido político e candidatar-se a um cargo público. Pelo contrário, a Bíblia relata a história de grandes homens de Deus que assumiram funções políticas: José, primeiro-ministro do Egito; Davi, rei de Israel; Josias e Ezequiel reis de Judá; Daniel, um dos ministros de Estado do reino da Pérsia; Mordecai, primeiro-ministro na Pérsia; Neemias, governador de Judá após a volta do cativeiro.
            Fazemos leis que regem a vida dos cidadãos. Por isso mesmo, temos
que nos  preocuparmos, tão somente, que não caiamos no mesmo erro da igreja do 3o. Século da era cristã.
             Chegou a hora de a igreja ser o “sal da terra” capaz de evitar a corrupção total dos nossos valores.


Candidata: Nira da Rocha Barros
Grupo: Alfa e Ômega.




























TEMA: A IGREJA E AS QUESTÕES POLÍTICAS

O objetivo deste texto é comentar sobre cinco visões erradas sobre influencia cristã nas questões políticas e também falar sobre o que seria a visão correta de como a igreja de Cristo deve se posicionar sobre esse tema.

A primeira visão errada é que o governo deve obrigar uma determinada religião ao povo. Essa visão ocasionou várias guerras na Europa nos séculos XVI e XVII, e ainda é encontrada hoje em países que seguem o islamismo como a Arábia Saudita. O erro dessa visão é que ela não reconhece que existem duas áreas de influência na vida do povo, a influência de Deus e a influência do governo civil, conforme é dito em Mateus 22:21 “...Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” A área que pertence ao governo civil não pode ser governada pela igreja, e nem à área que pertence a Deus deve ser governada pelo governo civil(“César”). Essa visão fere o princípio de liberdade religiosa, pois a fé cristã não pode ser forçada nas pessoas, porém deve vir como produto de uma escolha voluntária.

A segunda visão errada é aquela que exclui a religião do governo. Ela é defendida por vários advogados e juízes nos Estados Unidos, que tentam excluir toda forma de religiosidade do governo, suprimindo o testemunho cristão público, sugerindo que Deus não existe e que seus padrões morais não podem ser conhecidos. O erro dessa visão é negar a existência de Deus com seus padrões morais e ignorar que as Escrituras dizem que as autoridades são ministras de Deus para o bem (cf. Romanos 13:4).

A terceira visão diz que todo governo é demoníaco e mal, e que Satanás governa todas as nações. Essa ideia tem como base o texto do evangelho de lucas, capítulo quatro, versículo 5, em que Satanás mostra a Jesus todos os reinos do mundo. Entretanto, essa visão ignora o ensino da Bíblia, que fala que Deus é que governa as nações segundo seu poder, e as autoridades das nações são ministros divinos para o bem(cf. Daniel 4:17 e Romanos 13:4). A quarta visão propõe que se deve apenas evangelizar, e não se deve se envolver na política. Porém, Deus nos chama para boas obras (cf. Efésios 2:8-9) até mesmo na área política. O evangelho deve transformar todas as áreas da sociedade. Muitos cristãos ao longo da história têm influenciado governos de forma positiva, propondo leis para o bem da sociedade em geral (leis contra o infanticídio, o abandono infantil, contra o aborto, abolição da escravatura, leis a favor das mulheres por exemplo). Deve-se aprender com seus exemplos, pois se eles se mantivessem calados, essas melhorias sociais não teriam acontecido. Influenciar um governo para o bem é também amar o próximo. A quinta visão equivocada é aquela que fala: “Faça política e não evangelismo”. Essa visão comenta que deve-se dedicar apenas a política deixando de lado o testemunho cristão. Ela ignora que o coração das pessoas deve ser mudado pelo evangelho de Cristo para que se tenham melhorias significativas na sociedade.
A correta visão que se deve adotar é aquela em que os cristãos influenciam significativamente o governo. Vários exemplos bíblicos apontam para esse tipo de visão, em que pessoas dedicadas a Deus influenciaram nações para bem com seus testemunhos de fé (José, Daniel, Ester, entre outros). Existem influências malignas em várias áreas da sociedade, e elas precisam ser combatidas pelo posicionamento correto dos cristãos onde eles estiverem inseridos, inclusive na política, pois Satanás busca influenciar a política para arruinar pessoas e nações.

Assim conclui-se que o verdadeiro posicionamento da igreja cristã é aquele que influência expressivamente as questões políticas com princípios respaldados nas Sagradas Escrituras. A área política é de vital importância e precisa de cristãos envolvidos com seriedade, pois quando deixamos que princípios cristãos influenciem o meio político como um todo, consequentemente ocorrem melhorias expressivas em toda sociedade.

Autor: Romulo da Silva Alves
Grupo Familiar: Alfa e Ômega





























IGREJA E QUESTÕES POLÍTICAS COMBINAM?

Eis que o dia 02 de outubro de 2016 se aproxima. O dia em que milhares de eleitores vão ás urnas para votar em seus candidatos a prefeitos e vereadores com expectativa de ver a mudança, para melhor, em suas cidades. Neste período que antecede as eleições, o Brasil acompanha diversas formas de propagandas políticas, principalmente em rede nacional.

É comum ver candidatos ligados a determinadas igrejas, e até mesmo vários pastores que usam esse título em sua campanha eleitoral. Pergunta-se: É errado pessoas do meio evangélico, sendo pastores ou não, se envolverem com questões políticas?

Eu creio que não é errado, porém, não concordo que pastores utilizem esse título com a finalidade de se eleger. Penso também que pastores na condição de candidatos a um  cargo político, devem ser afastados do ministério até o fim das eleições.

Infelizmente, muitos candidatos que se dizem “evangélicos”, quando são eleitos, não representam o povo evangélico, pois seus testemunhos não são de verdadeiros cristãos. O Brasil acompanhou recentemente um processo de impeachment que afastou definitivamente uma, até então, presidente. O país tem acompanhado também, há dois anos mais ou menos, uma operação chamada de “Lava-Jato”, onde frequentemente muitas pessoas, em sua maioria políticos, tem sido presas por diversas “manobras” ilícitas em razão de suas ganâncias.

O papel da igreja em relação às questões políticas, é ensinar as pessoas a importância de analisar bem as propostas de candidatos, sem especificar ou defender, fundamentando-se na Palavra, que é sempre atual. Por exemplo, se todos querem mudança para melhor, é importante que a igreja recomende que não votem em pessoas que, nitidamente, são desonestas. Repito, sem falar nomes, e sim falar de maneira geral. É notável que, políticos que desempenham suas funções de maneira irregular, um dia são “descobertos” e são penalizados, como no caso do impeachment, citado anteriormente, logo, o governo pode ser interrompido antes do prazo.

A bíblia afirma que “o governante sem discernimento aumenta as opressões, mas os que odeiam o ganho desonesto prolongarão o seu governo” Provérbios 28:16.
Acredito que igreja e questões políticas combinam quando o Senhor é honrado e a verdadeira mudança existe.

Para concluir, é importante interceder pela nação, pelos governantes. Mas isso só é possível, quando temos Deus como único Senhor e nem todas as pessoas conhecem a Deus e não compreendem que com Ele a felicidade é plena, como está escrito em Salmos 33:12:
“Como é feliz a nação que tem o Senhor como Deus, o povo que Ele escolheu para lhe pertencer”.

Autora: Rayra Bittencourt
Grupo: Águia































A IGREJA E AS QUESTÕES POLÍTICAS

Uma das primeiras coisas que aprendemos na escola é que o homem é um animal racional, que pensa.

A escola nos ensina essa lição que conduz ao aprendizado, já devidamente trabalhado na família, da obrigação de convivermos em sociedade, respeitando, obedecendo a regras, princípios e leis. Pelo menos é o que se deveria esperar em um transcurso natural de convivência, pois mesmo animais irracionais exercitam de alguma forma essa sociabilidade.

Parece ser essa a essência da qual se desdobram todas as outras questões que devemos trabalhar para entender que tudo, absolutamente tudo, segue regras, princípios e leis, que são criadas pelos homens, para garantir que valores éticos e morais sejam os norteadores dos atos e das ações das autoridades de cada organização, instituição, setor social, família, que estruturam uma sociedade, um estado, uma nação.

A maneira como pensamos e entendemos os fatos que ocorrem em nosso país e no mundo, como a atual corrupção instalada no governo brasileiro, o eterno conflito na faixa de Gaza, a fome na maioria dos países africanos, a aceitação de refugiados dos países em guerra no oriente médio, a discussão sobre “gênero” para possível modificação da constituição, o simples pagamento de propina para um guarda de trânsito, tudo está relacionado não exatamente às idéias que externamos sobre esses assuntos, mas a maneira como procedemos diante deles. Invariavelmente a fala parece não acompanhar a ação da maioria dos homens.
  
Certamente isso decorre de exemplos comportamentais que se apresentam diante de nós desde crianças: em casa, na escola, nas ruas; e depois no ambiente de trabalho e em todos os organismos sociais que iremos conviver. Contudo, o nosso comportamento dependerá dos valores que adquirimos e que inculcamos a partir da família.   
Essa organização precisa entender que todas as suas ações terão reflexo em seus filhos, e esses ocuparão seu papel na sociedade, e que qualquer forma de atividade que eles venham a exercer deve ser conduzida de forma reta. 

Alguns desses muitos filhos entrarão na política e, em âmbito global, eles decidirão sobre a vida de milhões de pessoas, pois emana dessa política resultados com conseqüências em todas as áreas da atividade humana e em todas as questões sócio-econômicas e ético-morais que os cidadãos experimentarão. Mas não dá para exigir deles aquilo que não se praticou dentro de casa, no seio familiar. 
     
Todos sabem que devemos obedecer a regras, princípios e leis para o convívio em sociedade. Os cristãos, a partir do estudo da palavra de Deus, sabem mais ainda, pois vêem no exemplo de Cristo os requisitos necessários para a boa formação ética e moral da família: obediência e conduta.
 
Foi ele quem institui a sua igreja para que ali fosse semeada a sua palavra. Por isso a igreja tem papel fundamental na orientação dos cristãos no sentido de multiplicar o conhecimento do evangelho, evangelizar e trazer os irmãos para Sua casa, para aprender sobre Seus ensinamentos, sobre Seus valores.
Infelizmente a própria igreja tem sido vencida em seu fundamento maior pelas ações de homens. Certamente essa igreja não é a igreja de Cristo. Ele não pregou a prosperidade propalada pelas grandes congregações evangélicas. Ele não pregou a pedofilia praticada por muitos sacerdotes da igreja católica. Ele não criou uma cidade para assentar-se em uma poltrona de ouro e dali difundir suas ideias.

Talvez por isso os grandes líderes religiosos, diante das graves questões políticas, quase não se pronunciam, e aqueles que se pronunciam suas palavras resultam em nada. Exatamente porque elas são tratadas conforme interesses circunstanciados, daí ninguém lhes dar ouvidos.
 
O resultado é uma sociedade pagã, gentil, hipócrita e igrejas anti-éticas e de falsa moralidade que recrudescem o comportamento humano na sua mais vil  forma de conduta.
Embora racional, um animal que pensa, o homem não aprendeu que só há um caminho para todos os problemas, para todos os conflitos, para todas as questões, sejam estas de qualquer ordem, em qualquer tempo, em qualquer civilização: seguir o ordenamento de Cristo.
 
Seria mais fácil se esse esclarecimento tocasse ao homem e lhe permitisse entender porque Deus o criou conforme Sua imagem e semelhança: em matéria e espírito; que a igreja precisa ser refletida em cada um.

Qualquer outra igreja que não tenha exatamente essa orientação não lhe é dada a concessão de falar sobre qualquer assunto ou tese em nome de Jesus. Nessas igrejas, sem essa orientação, todas as questões, e ai incluem-se as questões políticas, serão meras discussões de convencimento humano, de opiniões tendenciosas, incapazes de levar a reflexões profundas para qualquer mudança de comportamento em Cristo.

Aquelas que seguem o ordenamento cristão, sim, precisam deixar claro que as raízes ideológicas de Cristo estão nas mensagens espirituais, na ética e que certamente ele desaprovaria tudo o que a política e os políticos atuais praticam.

AUTOR: Tadeu de Moraes
GRUPO: Sabedoria





























II Concurso Dissertativo Bíblico da Igreja da Missão Integral
Tema: A Igreja e as questões políticas

            Atualmente, no seio da Igreja Cristã Protestante brasileira, pode-se perceber dois tipos de posicionamentos políticos que são antagônicos: entre a membresia há discursos apolíticos e já entre a liderança pastoral há excessivo envolvimento em candidaturas a cargos políticos.

            A postura apolítica originou-se a partir de concepções errôneas do papel da Igreja na sociedade, bem como da experiência histórica infeliz da simbiose entre Igreja e Estado na era Medieval, que acabou desvirtuado os princípios fundamentais cristãos.

Tal posicionamento de mando e desmando da Igreja levou ao surgimento da Reforma Protestante, e, junto com ela, muito passaram a cultivar a ideia da omissão em relação à política, em razão dos traumas sociais causado pela predominância da Igreja Católica.

O texto de Romanos 13: 1 e 2 diz que devemos ser sujeitos às autoridades, pois são constituídas por Deus. Contudo, não significa concluir que devemos nos conformar com a situação por elas proporcionada, fruto de má gestão da coisa pública e na maioria das vezes de corrupção.

Por outro lado, tem sido disseminadas no Brasil candidaturas de líderes religiosos protestantes, que, chamados ao pastoreio da Igreja, abandonam o púlpito em troca da bancada partidária. E, muitas vezes, dão mau testemunho do Evangelho de Cristo se envolvendo em grandes escândalos de corrupção. Há de se haver coerência entre o que se prega e a experiência de vida. Sendo um pastor chamado para o pastoreio, não deve ele deixar a Igreja para assumir um cargo político, pois são duas funções incompatíveis.

A Bíblia diz, em Efésios 4:11, que o Senhor designou uns para apóstolos, outros para profetas, e outros para evangelistas, ou seja, cada cristão teu seu papel, não apenas na Igreja, mas na sociedade. E Mateus 5 diz que somos a luz do mundo e o sal da terra, portanto, o cristão, onde quer que esteja deve ter posturas diferentes do que é ordinário e comum.

Em nenhum momento Jesus afirmou que devemos desconsiderar a política ou a obediência às autoridades constituídas, e o texto de Mateus 22:21 comprova isso quando o Mestre diz que devemos dar “a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Isto significa que o Cristão não pode anular o fato de, além de ser um cidadão do céu, ser um cidadão da terra, com direitos e deveres.

Diante disso, cabe a Igreja Brasileira refletir acerca de seu papel sócio-político, e a cada cristão buscar ter um senso crítico a respeito da sociedade em que vive, pois até que Jesus volte, continuaremos nesse mundo, e, por isso, devemos nos envolver com as questões políticas e humanitárias que nos cercam, a fim de fazer valer o título de luz do mundo e sal da terra.


AUTORA: Thainá Lima Bittencourt de Castro
GRUPO: Águia 

 

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