TEMA DESTE SEGUNDO CONCURSO:
A IGREJA E AS QUESTÕES
POLÍTICAS ATUAIS
A IGREJA E AS QUESTÕES
POLÍTICAS ATUAIS
Para
falar em política precisamos nos remeter ao conceito clássico apontado por
Aristóteles que associava à política à moral com a clássica citação que “o
homem é um animal político”. Assim, a política enquanto ciência, ação, conjunto
de regras e princípios tem se pervertido com o partidarismo político gerando
uma catastrófica crise de ética que vem abalando as sociedades contemporâneas,
especialmente a brasileira.
Os cristãos da igreja primitiva viveram sob um
regime de autoridades impiedosas com leis injustas e brutais do império romano.
Em nossos dias diz-se que vivemos um estado de direito, mas com garantias
políticas relativizadas diante dos desmandos que acontecem nos poderes que
foram criados para proteger o cidadão, cujas decisões assumem um caráter
manobrista de proteção descabida e criminosa desrespeitando-se até a
Constituição. Recentemente, as mídias anunciaram uma tentativa de
descriminalização à prática do caixa dois com anistia àqueles envolvidos em
campanhas eleitorais anteriores a 2016. O mais surpreendente é que a autoria de
tal absurdo é desconhecida! Deve ter sido um filho/a das trevas mesmo quem a
apresentou.
Em
Romanos, 12:2, o apóstolo Paulo orienta de forma incisiva: “E não vos
conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
A partir dessa orientação e na qualidade de seguidores do Senhor Jesus Cristo,
como deve ser o nosso procedimento em relação à política? O estilo de vida do
cristão deve refletir a vontade de Deus e não ser moldado pelas pressões e
circunstâncias externas. Isto significa que as mudanças de atitudes devem ser
estabelecidas através da Palavra, onde constam os princípios norteadores de
todas as nossas ações.
Há
quem entenda que o Estado laico dispensa os elos da religião, ou seja, esta e
política não se misturam. No entanto é pertinente afirmar que como cristãos,
não podemos ter opiniões e envolvimento político fora dos padrões da Palavra.
Em Tito, 3:1, o autor enfatiza a obediência às autoridades e sobretudo que
estejamos prontos para toda boa obra. Sendo assim, não há meio termo. Não
podemos como cristãos compactuar com práticas e decisões que venham a dirimir
nossos princípios morais, pois somos o sal da terra e a luz do mundo (Mat.
5:13-14). Isto define o nosso caráter cristão.
Ives Gandra Martins, doutor em Direito pela
Universidade Mackenzie, afirma que a laicidade do Estado não significa ausência
de religião no espaço público. “O Estado laico não é um estado ateu(...). É
apenas um Estado em que as decisões políticas não dependem de qualquer igreja,
mas onde quem tem religião tem todo o direito de exercer sua cidadania”.
Defende ainda que, para quem tem uma religião é impossível dissociar convicções
religiosas de convicções não religiosas.
Portanto,
na política sejamos protagonistas do Reino a fim de que nossas ações
glorifiquem o nome do nosso Senhor Jesus Cristo.
AUTORA: Elza Bittencourt
Grupo:
Alfa & Ômega
A
igreja e as questões políticas.
Quando apreciamos o
entendimento sobre a criação do universo, deparamo-nos com a autoridade do
Criador: " Que haja luz"(Genesis 1:3)
Ante a tamanha
grandiosidade, podemos não perceber que a luz se fez a partir de uma ordem. Mas
que somente a autoridade de Deus poderia estabelecer.
Quando criancas percebemos no
nosso primeiro núcleo social - a família - quem exerce autoridade sobre nós. A
maturidade e entendimento cristão nos fazem percorrer uma longa jornada ao
entendimento sobre Criador e Criatura; autoridade e subordinado.
Comumente nossa primeira noção
de autoridade se reflete no pai e mãe. É no âmbito familiar que desenvolvemos
nossas habilidades e modo de conduta, a partir dos ensinamentos e exemplos a
nós dedicados ainda pequenos.
A escola contribui com os
ensinamentos para a formação cognitiva e intelecta. E produz para a sociedade
papel fundamental nas orientações sociais, profissionalidade e políticas.
Nesse ínterim, o Estado
enquanto mantenedor responsável por subsidiar esse papel, pode ainda contar com
as contribuições do chamado Terceiro Setor.
Dentro desta perspectiva
observamos a multiplicação da participação de denominações religiosas no
auxílio às prestações sociais e educacionais, aptas a tornar um ambiente propício
à inclusão político-social do indivíduo na sociedade. Eis um trabalho
desafiador para a igreja.
Atualmente nosso país vive
grave crise financeira. Estamos diante de calamidades sociais provocadas pelo
desemprego, falta de oportunidades e renda. E o homem por sua natureza
pecaminosa e fragilidade espiritual muitas vezes desfalece diante de tantas
injustiças, e passa a inquirir - a exemplo do profeta Habacuque - por quê Deus
nos faz ver tanta injustiça e maldade?(Habacuque 1:3)
E o que dizer das crises
políticas entre países desenvolvidos em que almejamos seu confortável estilo e
padrões de vida, educação e saúde? Parecem mais assemelharem-se ao povo babilônico, onde suas vanglorias
encontravam-se na própria força.
Grande é o desafio para a
igreja atual levar o evangelho em meio ao caos,
em que o homem vive de subjugar o
próprio homem.
Vivemos tempos em que o
materialismo encontra-se arraigado. E vemos que muitas denominações religiosas
encontraram nesse perfil de sociedade o ambiente "perfeito" para
difundir a chamada "doutrina da prosperidade".
Contudo, muitos dos que
receberam o dom para difundir o evangelho estão distantes de promover uma
unificação em Cristo.
Nossos líderes religiosos
parecem estar muito distantes do exemplo do apóstolo Paulo, quando o mesmo
escreveu a carta aos romanos, onde se via no contexto uma preocupação - ante à
diversidade de povos e cultura - em expor de forma clara e precisa a obra de
Cristo, difundindo a justificação frente à obediência à Lei pela Fé.
Apesar disso, a exemplo dos
romanos, a quem Paulo dedicou preciosas recomendações, deparamo-nos com o
salário do pecado, fruto de nossa desobediência. Somos diretamente atingidos
pelos "desajustes" de nossas autoridades familiares, religiosas e
públicas.
Precisamos voltar ao começo de
tudo. Lembrar-nos que tudo nos foi dado por autoridade e intercessão de Deus.
Que nada nos pertence. Tudo é d'ele. E só por obediência às Leis d'ele podemos
assistir e participar e contribuir para unificação da igreja.
Não precisamos somente de
trabalhos sociais promovidos pelo terceiro setor, o qual muitas igrejas
contribuem. Mas precisamos sim de uma evangelização comprometida com o
evangelho de Cristo.
Lembrando-nos o corpo e sangue
de Cristo como testemunho de amor, obediência e salvação.
Onde a obediência se
transforme em fruto de comunhão, tolerância, respeito ao próximo e às
autoridades que neste plano foram constituídas. E estas possam exercer seu
papel fazendo frente à justiças sociais, equidades e bem-estar de seus
governados.
Nesta direção a palavra de
Deus nos ensina que o transcurso de nossa vida deve tomar o exemplo de Cristo,
vivendo debaixo da autoridade de Deus, de modo a nos tornarmos cidadãos do
Reino dos Céus.
Pois bem clara foi a mensagem
de Deus ao profeta Habacuque frente as suas queixas: " Os maus não terão
segurança, mas as pessoas corretas viverão por serem fiéis a
Deus."(Habacuque 2:4)
AUTORA:
Fabricia de Castro
GRUPO:
Sabedoria
TEMA: A
IGREJA E AS QUESTÕES POLÍTICAS
Segundo o dicionário etimológico José Pedro
Machado, o termo política advém da palavra grega Politikus, que significava
" cívico" que tem sua origem na palavra "Polites" que foi
uma identificação usada por cidadãos, que eram pessoas com direitos e deveres
na antiga Polés grega, ou cidade estado.
De mesma forma a palavra igreja no supracitado
dicionário aparece como, advinda da palavra "Ekkesya" que era o
ajuntamento humano para fins políticos ou militares, uma forma latina foi usada
pela primeira vez pela igreja do primeiro século, sendo assim "
Ecclesia" começava a designar um grupo de pessoas crentes em Cristo ou o
lugar onde tal grupo se reunia.
As atribuições de política e igreja são milenares,
contudo vivemos no Brasil e no mundo uma efervescência digital, onde qualquer
informação, relevante ou não, espalha-se explicitamente e rapidamente e
isso tem revelado que por muitas gerações fizemos das duas palavras um jogo de
interesses, onde o único fim é o lucro e as vantagens, infelizmente tal
enfermidade assola tanta política quanto igreja e tem visto no casamento das
duas um grande vetor para a contaminação de muitos.
Com a efervescência digital, trivializou-se os
escândalos éticos em várias esferas da sociedade, a igreja cristã foi apenas
mais uma "vítima", seja no seguimento católico ou no protestantismo
moderno, vimos nas últimas décadas toda sorte de escarcéu religioso, ora
sexual, ora financeiro o leque de escândalos teve uma multiforme variedade.
Disto vive-se a banalização do que seria a igreja.
Enquanto isso na política testemunhamos a um nível
nacional e internacional, que o bem comum para o qual a política foi
desenvolvida ficou à muito negligenciado. Exemplifico isto com breve menção
histórica da grande partilha do oriente próximo pelas duas potências neocolonialistas
França e Gran- Bretanha, que nos pôs-primeira guerra, mentiram ao mundo sobre
seus interesses em formar um país para os Judeus e um estado para os Árabes, e
diminuir os conflitos de uma área historicamente conflituosa. O acordo ficou
conhecido como Sykes-Picot, e denunciados pelo partido comunista Russo,
que acabara de derrubar o imperador, e ao tomar conhecimento do acordo, conta a
imprensa internacional sobre os planos petrolíferos e do canal de Suez das duas
potências da época. Talvez possamos entender isso como gesto de grandeza do
partido Russo, que pensando no bem coletiva denúncia as doenças da ganância, ou
sem maniqueísmo podemos ver uma ideologia, fazendo uma publicidade mordaz.
Na política atual, nada mudou muito em um nível
internacional, ainda vemos potências explorando países em desenvolvimento, e
governos que visam apenas o seu próprio bem, e esquecem-se que o bem do todo,
simplesmente significa o bem de todos.
Em um nível nacional, nunca estivemos mais a par e
menos informados, é algo paradoxal, mas a nossa política é a foto cópia de um
paradoxo. Em pleno processo de impeachment, em um dado momento sentimos que foi
algo orgânico e necessário, passam alguns dias e recebemos notícias que existem
gravações em que homens do Governo sugerem, troca do líder federal para que se
pare uma "Sangria" referência a operação da polícia federal. Onde
está o bem comum? Supressor em um balaio de interesses.
Disposto os dois termos aqui discutidos juntos, a
política e a religião, podemos ver que, às definições de ambos têm sido
deturpadas, mal quistas, é bem mal vividas até, contudo nas escrituras
sagradas, achamos tanto em Jesus quanto no apóstolo Paulo respostas para o que
vivamos em paz com ambas, tanto na política como na igreja.
Jesus disse "Pagai a César as coisas de César,
mas a Deus as coisas de Deus." Marcos 12:17, separando assim religião
e estado, Jesus não teve seu entendimento sobre o assunto revogado, quando o
imperador Constantino, fez do cristianismo religião oficial do império. Muito
menos quando o papa Gregório VII brigava com o imperador do império Sacro
Romano-Germânico, Henrique IV por mais autoridade religiosa.
O apóstolo Paulo, contudo, faz menção aos seus
direitos como cidadão em Atos 22, mostrando que apesar de entender que a sua
pátria era outra em Felipenses 3:20, " Mas a nossa pátria está nos
céus, donde também aguardamos um Salvador [...]" fez valer seus direitos
de cidadão, o que nos mostra que se ele tinha direitos também tinha deveres.
Nisto vejo que somos chamados como igreja a conhecermos nossos direitos e
deveres, a nossa constituição de 1988 guarda 5 capítulos sobre direitos
fundamentais do cidadão e sobre direitos individuais e coletivos, tudo o que
não se alinha com este documento deve ser evitado pela igreja a fim de cumprir
um compromisso com Deus e com esta nação.
Cito alguns dos nossos deveres como igreja e indivíduos,
citados pelo portal Brasil: Votar para escolher nossos governantes; cumprir
as leis; respeitar os direitos sociais de outras pessoas; educar e
proteger nossos semelhantes; proteger a natureza; proteger o patrimônio
público e social do País; colaborar com as autoridades.
E com todos esses deveres nos Lembramos firmemente
de Romanos 13:1
"Todos devem sujeitar-se às autoridades
governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades
que existem foram por ele estabelecidas."
Contudo nunca esquecemos o capítulo anterior e seu
segundo versículo " E não sede conformados comeste mundo, mas sede
transformado pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual
seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus "
AUTOR:
Flávio Araujo
A
igreja e a política: breve reflexão
Refletir sobre a igreja e a
política torna-se um desafio. Há um ditado que diz: “religião e política não se
discute”. Será mesmo? O cristão/cidadão, responsável e consciente de
seus atos necessita, por obrigação da lei brasileira, comparecer às urnas
eleitorais para decidir através de seu voto quem irá representa-lo por mais
quatro anos. Portanto, como decidir sem discutir e analisar o contexto
econômico, social, o local e nacional?
Este início um tanto provocativo, é para tão somente aguçar nossos pensamentos, porém, dada a sua
amplitude e riqueza de debate, não há intenção de esgotar este tema mas apontar
breves reflexões.
Considerando que o conceito de política é vasto e seu uso
bastante diversificado, tomemos como ponto de partida o que a filósofa Marilena Chauí, no livro Convite à filosofia (1995) discorre
sobre o significado e o uso da palavra política. Eis um trecho:
“(...)
o crescimento das atribuições conferidas aos governos, sob a forma do Estado,
levou a uma ampliação do campo das atividades políticas, que passaram a
abranger questões administrativas e organizacionais, decisões econômicas e
serviços sociais. Essa ampliação acabou levando a um uso generalizado da
palavra política para referir-se a toda a modalidade de direção de grupos
sociais que envolva poder, administração e organização. ( p.368).
Mais adiante a mesma autora
aprofunda a análise relacionando ao uso da palavra política ao significado de
governo. “A política neste sentido, refere-se, portanto, à ação dos governantes
que detém a autoridade para dirigir a coletividade organizada em Estado”. Temos
a compreender que em se tratando do sistema de organização da maioria dos
continentes a política como ato administrativo de governança coletiva é algo
intrínseco a nossa sociedade.
Considerando o registro da
autora sobre o conceito inicial relacionado a política, podemos inferir que
atualmente o conceito de política está muito mais associado a acordos ilícitos,
ao favorecimento de interesses pessoais ou de pequenos grupos em desfavor dos
moradores locais. Perdemos o entendimento e essência do “fazer política” como
ato representativo das necessidades e interesses do coletivo.
Infelizmente, este pensamento
é reforçado através das atitudes de parte dos nossos candidatos após serem
admitidos ao cargo público, o que traz à grande parte da população um
sentimento de rejeição ao debate desta temática
E a igreja? Qual o papel a ser
exercido?
Comungo do pensamento de alguns
cristãos que compreendem que a igreja não deva ser espaço para campanhas
político partidárias. Sobre este aspecto Hernades Dias Lopes em 2014 afirmou “que a igreja não deve se transformar numa
praça, nem o púlpito num palanque, a igreja não pode ser um curral eleitoral,
entretanto a igreja tem o compromisso de esclarecer os seus membros acerca da
necessidade de exercermos a nossa cidadania com responsabilidade”( A igreja e a
política, Yutube)
A igreja não pode vendar seus
olhos diante das questões e temáticas que são inerentes a todo o cidadão. Nem
tão pouco ter uma postura partidária em favor de algum benefício próprio. Em
sua época Jesus, veio para restaurar a lei de Deus que estava distorcida e mal
utilizada. Obscurecida pela ótica da tradição e regras humanas. A igreja de
Jesus segue com esta atribuição, orientar o povo a discernir sobre o que é
verdadeiro:
“ Finalmente, irmãos, tudo o
que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se
algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento “ ( Filipenses
4:8).
Portanto, a importância da
igreja em tempos de desanimo e desesperança, torna-se singular. Pois a igreja
através do ensino da Palavra de Deus traz conteúdos que abastecem a alma e
municiona nós cidadãos para a tomada de decisões cada vez mais conscientes e
responsáveis em benefício de nossa vida local, nossa cidade e de nosso Brasil.
AUTORA:
Jane Freire
GRUPO:
Alfa e Ômega
Tema:
A igreja e as questões políticas
A postura apolítica da igreja foi
formulada a partir de conceituações equivocadas sobre o seu papel no seio da
sociedade. Historicamente, a experiência negativa da relação “igreja-estado” a
partir do terceiro século da Era Cristã fez com que a igreja perdesse a sua
razão de ser. O seu papel missionário de pregar o Evangelho de Cristo tornou-se
uma justificativa para a expansão política.
Líderes da igreja coroando e descoroando
reis, influenciando sobre guerras e conflitos e o abuso do poder eclesiástico
foram suficientes para nascer a reforma protestante. Grupos cristãos voltados
para santidade passaram a omitir-se de qualquer envolvimento com políticas.
Através dos séculos da era cristã a questão política tem dividido opiniões e
tem provocado cisões na igreja como um todo.
A POLÍTICA NOS DIAS DE CRISTO.
Desde os tempos de Cristo quando o Império Romano subjugava o mundo de então, a
Palestina que vivia em constantes revoltas internas na sua política, precisava
de “algo novo” capaz de mudar a vida das pessoas. João Batista, profeta do
deserto, foi capaz de tornar-se um dos mais ferrenhos críticos ao sistema
governante da Palestina. Havia alguns grupos políticos na época, os quais
desenvolviam um tipo de política atrelado à religiosidade, especialmente, ao
judaísmo.
Havia o partido dos herodianos que tinha
no rei Herodes, rei da Judéia, a esperança de mudança, uma vez que o reino de
Israel era submisso ao império romano. Herodes era idumeu, descendente de Esaú,
e fora imposto pelo Imperador, por isso, seu partido não tinha boa aceitação
entre os judeus. Na verdade, política e religião definiam as posições
partidárias dos israelitas, e o quadro social da Palestina se mostrava inseguro
e agravado pelos problemas econômicos de pobreza e miséria social na vida do
povo.
Especialmente, na Palestina, os partidos
políticos eram também religiosos. O partido dos saduceus era constituído por
membros da aristocracia sacerdotal e por pessoas leigas, mas que tivessem
possessões. O partido dos fariseus
era um partido separatista. Seus membros não se misturavam com o povo. Seguiam
uma linha espiritualista, ao contrário dos saduceus que tinham uma visão mais
filosófica e legalista. Ligados, também, ao judaísmo, os fariseus eram
liderados pelos escribas, os quais se ufanavam de serem intérpretes da lei de
Moisés e dos Profetas.
Porém, numa dissidência dos
farisaísmos surgiu o partido dos Zelotes (Zelosos), que também era construído
de legalistas quanto à lei de Moisés, mas tinham uma característica
revolucionária em termos de política. Sonhavam
com a independência nacional e criam e esperavam a vinda do Messias que haveria
de expulsar o opressor romano e instalaria um governo de paz. Esse partido era
extremista e, entendia que sua revolução política, visava preparar o mundo para
a vinda do Messias.
Os essênios foram um partido que
abrigava os chamados alienados, excluídos da sociedade. Era voltada para uma
vida de reclusão, uma vida monástica no deserto, com uma ideia de purificação
social. Naqueles dias, a situação política, externa e interna, em Israel, era
complicada. Os romanos queriam estabelecer um domínio mundial, e para tal,
qualquer ameaça a esse afã romano, era destruída. Nesse período caótico
político e religioso apareceu Jesus para fazer a diferença.
Seu projeto era revolucionário, novo
e singular. A pregação da chegada do Reino de Deus entre o povo se constituía
numa ameaça aos grupos políticos e religiosos. O PAPEL POLÍTICO DA IGREJA HOJE.
Entendo que a igreja se constitui de
pessoas que dependem de governos para sua sobrevivência. Somos cidadãos em
nossos países, votamos e podemos ser votados.
Nada há na
Palavra de Deus que proíba o cristão de filiar-se a um partido político e
candidatar-se a um cargo público. Pelo contrário, a Bíblia relata a história de
grandes homens de Deus que assumiram funções políticas: José, primeiro-ministro
do Egito; Davi, rei de Israel; Josias e Ezequiel reis de Judá; Daniel, um dos
ministros de Estado do reino da Pérsia; Mordecai, primeiro-ministro na Pérsia;
Neemias, governador de Judá após a volta do cativeiro.
Fazemos leis que regem a vida dos cidadãos. Por isso mesmo,
temos
que
nos preocuparmos, tão somente, que não
caiamos no mesmo erro da igreja do 3o. Século da era cristã.
Chegou a hora de a igreja ser o “sal da terra”
capaz de evitar a corrupção total dos nossos valores.
Candidata:
Nira da Rocha Barros
Grupo:
Alfa e Ômega.
TEMA:
A IGREJA E AS QUESTÕES POLÍTICAS
O objetivo deste texto é comentar sobre cinco visões erradas
sobre influencia cristã nas questões políticas e também falar sobre o que seria
a visão correta de como a igreja de Cristo deve se posicionar sobre esse tema.
A primeira visão errada é que o governo deve obrigar uma
determinada religião ao povo. Essa visão ocasionou várias guerras na Europa nos
séculos XVI e XVII, e ainda é encontrada hoje em países que seguem o islamismo
como a Arábia Saudita. O erro dessa visão é que ela não reconhece que existem
duas áreas de influência na vida do povo, a influência de Deus e a influência
do governo civil, conforme é dito em Mateus 22:21 “...Dai, pois, a César o que
é de César, e a Deus o que é de Deus.” A área que pertence ao governo civil não
pode ser governada pela igreja, e nem à área que pertence a Deus deve ser
governada pelo governo civil(“César”). Essa visão fere o princípio de liberdade
religiosa, pois a fé cristã não pode ser forçada nas pessoas, porém deve vir como
produto de uma escolha voluntária.
A segunda visão errada é aquela que exclui a religião do
governo. Ela é defendida por vários advogados e juízes nos Estados Unidos, que
tentam excluir toda forma de religiosidade do governo, suprimindo o testemunho cristão
público, sugerindo que Deus não existe e que seus padrões morais não podem ser
conhecidos. O erro dessa visão é negar a existência de Deus com seus padrões
morais e ignorar que as Escrituras dizem que as autoridades são ministras de
Deus para o bem (cf. Romanos 13:4).
A terceira visão diz que todo governo é demoníaco e mal, e
que Satanás governa todas as nações. Essa ideia tem como base o texto do
evangelho de lucas, capítulo quatro, versículo 5, em que Satanás mostra a Jesus
todos os reinos do mundo. Entretanto, essa visão ignora o ensino da Bíblia, que
fala que Deus é que governa as nações segundo seu poder, e as autoridades das
nações são ministros divinos para o bem(cf. Daniel 4:17 e Romanos 13:4). A
quarta visão propõe que se deve apenas evangelizar, e não se deve se envolver
na política. Porém, Deus nos chama para boas obras (cf. Efésios 2:8-9) até
mesmo na área política. O evangelho deve transformar todas as áreas da
sociedade. Muitos cristãos ao longo da história têm influenciado governos de forma
positiva, propondo leis para o bem da sociedade em geral (leis contra o
infanticídio, o abandono infantil, contra o aborto, abolição da escravatura,
leis a favor das mulheres por exemplo). Deve-se aprender com seus exemplos,
pois se eles se mantivessem calados, essas melhorias sociais não teriam
acontecido. Influenciar um governo para o bem é também amar o próximo. A quinta
visão equivocada é aquela que fala: “Faça política e não evangelismo”. Essa
visão comenta que deve-se dedicar apenas a política deixando de lado o
testemunho cristão. Ela ignora que o coração das pessoas deve ser mudado pelo
evangelho de Cristo para que se tenham melhorias significativas na sociedade.
A correta visão que se deve adotar é aquela em que os
cristãos influenciam significativamente o governo. Vários exemplos bíblicos
apontam para esse tipo de visão, em que pessoas dedicadas a Deus influenciaram
nações para bem com seus testemunhos de fé (José, Daniel, Ester, entre outros).
Existem influências malignas em várias áreas da sociedade, e elas precisam ser
combatidas pelo posicionamento correto dos cristãos onde eles estiverem
inseridos, inclusive na política, pois Satanás busca influenciar a política
para arruinar pessoas e nações.
Assim conclui-se que o verdadeiro posicionamento da igreja
cristã é aquele que influência expressivamente as questões políticas com
princípios respaldados nas Sagradas Escrituras. A área política é de vital
importância e precisa de cristãos envolvidos com seriedade, pois quando
deixamos que princípios cristãos influenciem o meio político como um todo,
consequentemente ocorrem melhorias expressivas em toda sociedade.
Autor: Romulo da Silva Alves
Grupo Familiar: Alfa e
Ômega
IGREJA
E QUESTÕES POLÍTICAS COMBINAM?
Eis que o dia 02 de outubro de 2016
se aproxima. O dia em que milhares de eleitores vão ás urnas para votar em seus
candidatos a prefeitos e vereadores com expectativa de ver a mudança, para
melhor, em suas cidades. Neste período que antecede as eleições, o Brasil
acompanha diversas formas de propagandas políticas, principalmente em rede
nacional.
É comum ver candidatos ligados a
determinadas igrejas, e até mesmo vários pastores que usam esse título em sua
campanha eleitoral. Pergunta-se: É errado pessoas do meio evangélico, sendo
pastores ou não, se envolverem com questões políticas?
Eu creio que não é errado, porém,
não concordo que pastores utilizem esse título com a finalidade de se eleger. Penso
também que pastores na condição de candidatos a um cargo político, devem ser afastados do ministério
até o fim das eleições.
Infelizmente, muitos candidatos que
se dizem “evangélicos”, quando são eleitos, não representam o povo evangélico,
pois seus testemunhos não são de verdadeiros cristãos. O Brasil acompanhou
recentemente um processo de impeachment que
afastou definitivamente uma, até então, presidente. O país tem acompanhado
também, há dois anos mais ou menos, uma operação chamada de “Lava-Jato”, onde
frequentemente muitas pessoas, em sua maioria políticos, tem sido presas por
diversas “manobras” ilícitas em razão de suas ganâncias.
O papel da igreja em relação às
questões políticas, é ensinar as pessoas a importância de analisar bem as
propostas de candidatos, sem especificar ou defender, fundamentando-se
na Palavra, que é sempre atual. Por exemplo, se todos querem mudança para
melhor, é importante que a igreja recomende que não votem em pessoas que,
nitidamente, são desonestas. Repito, sem falar nomes, e sim falar de maneira
geral. É notável que, políticos que desempenham suas funções de maneira
irregular, um dia são “descobertos” e são penalizados, como no caso do impeachment, citado anteriormente, logo,
o governo pode ser interrompido antes do prazo.
A bíblia afirma que “o governante sem discernimento aumenta as
opressões, mas os que odeiam o ganho desonesto prolongarão o seu governo”
Provérbios 28:16.
Acredito que igreja e questões políticas combinam quando o Senhor
é honrado e a verdadeira mudança existe.
Para concluir, é importante interceder pela nação, pelos
governantes. Mas isso só é possível, quando temos Deus como único Senhor e nem
todas as pessoas conhecem a Deus e não compreendem que com Ele a felicidade é
plena, como está escrito em Salmos 33:12:
“Como é feliz a
nação que tem o Senhor como Deus, o povo que Ele escolheu para lhe pertencer”.
Autora: Rayra
Bittencourt
Grupo: Águia
A
IGREJA E AS QUESTÕES POLÍTICAS
Uma das primeiras coisas que
aprendemos na escola é que o homem é um animal racional, que pensa.
A escola nos ensina essa lição
que conduz ao aprendizado, já devidamente trabalhado na família, da obrigação
de convivermos em sociedade, respeitando, obedecendo a regras, princípios e
leis. Pelo menos é o que se deveria esperar em um transcurso natural de
convivência, pois mesmo animais irracionais exercitam de alguma forma essa
sociabilidade.
Parece ser essa a essência da
qual se desdobram todas as outras questões que devemos trabalhar para entender
que tudo, absolutamente tudo, segue regras, princípios e leis, que são criadas
pelos homens, para garantir que valores éticos e morais sejam os norteadores dos
atos e das ações das autoridades de cada organização, instituição, setor
social, família, que estruturam uma sociedade, um estado, uma nação.
A maneira como pensamos e
entendemos os fatos que ocorrem em nosso país e no mundo, como a atual
corrupção instalada no governo brasileiro, o eterno conflito na faixa de Gaza, a
fome na maioria dos países africanos, a aceitação de refugiados dos países em
guerra no oriente médio, a discussão sobre “gênero” para possível modificação
da constituição, o simples pagamento de propina para um guarda de trânsito, tudo
está relacionado não exatamente às idéias que externamos sobre esses assuntos,
mas a maneira como procedemos diante deles. Invariavelmente a fala parece não
acompanhar a ação da maioria dos homens.
Certamente isso decorre de
exemplos comportamentais que se apresentam diante de nós desde crianças: em
casa, na escola, nas ruas; e depois no ambiente de trabalho e em todos os
organismos sociais que iremos conviver. Contudo, o nosso comportamento dependerá
dos valores que adquirimos e que inculcamos a partir da família.
Essa organização precisa
entender que todas as suas ações terão reflexo em seus filhos, e esses ocuparão
seu papel na sociedade, e que qualquer forma de atividade que eles venham a
exercer deve ser conduzida de forma reta.
Alguns desses muitos filhos entrarão
na política e, em âmbito global, eles decidirão sobre a vida de milhões de
pessoas, pois emana dessa política resultados com conseqüências em todas as áreas
da atividade humana e em todas as questões sócio-econômicas e ético-morais que
os cidadãos experimentarão. Mas não dá para exigir deles aquilo que não se praticou
dentro de casa, no seio familiar.
Todos sabem que devemos
obedecer a regras, princípios e leis para o convívio em sociedade. Os cristãos,
a partir do estudo da palavra de Deus, sabem mais ainda, pois vêem no exemplo
de Cristo os requisitos necessários para a boa formação ética e moral da
família: obediência e conduta.
Foi ele quem institui a sua
igreja para que ali fosse semeada a sua palavra. Por isso a igreja tem papel
fundamental na orientação dos cristãos no sentido de multiplicar o conhecimento
do evangelho, evangelizar e trazer os irmãos para Sua casa, para aprender sobre
Seus ensinamentos, sobre Seus valores.
Infelizmente a própria igreja
tem sido vencida em seu fundamento maior pelas ações de homens. Certamente essa
igreja não é a igreja de Cristo. Ele não pregou a prosperidade propalada pelas
grandes congregações evangélicas. Ele não pregou a pedofilia praticada por
muitos sacerdotes da igreja católica. Ele não criou uma cidade para assentar-se
em uma poltrona de ouro e dali difundir suas ideias.
Talvez por isso os grandes
líderes religiosos, diante das graves questões políticas, quase não se
pronunciam, e aqueles que se pronunciam suas palavras resultam em nada. Exatamente
porque elas são tratadas conforme interesses circunstanciados, daí ninguém lhes
dar ouvidos.
O resultado é uma sociedade
pagã, gentil, hipócrita e igrejas anti-éticas e de falsa moralidade que recrudescem
o comportamento humano na sua mais vil forma de conduta.
Embora racional, um animal que
pensa, o homem não aprendeu que só há um caminho para todos os problemas, para
todos os conflitos, para todas as questões, sejam estas de qualquer ordem, em
qualquer tempo, em qualquer civilização: seguir o ordenamento de Cristo.
Seria mais fácil se esse
esclarecimento tocasse ao homem e lhe permitisse entender porque Deus o criou
conforme Sua imagem e semelhança: em matéria e espírito; que a igreja precisa
ser refletida em cada um.
Qualquer outra igreja que não
tenha exatamente essa orientação não lhe é dada a concessão de falar sobre
qualquer assunto ou tese em nome de Jesus. Nessas igrejas, sem essa orientação,
todas as questões, e ai incluem-se as questões políticas, serão meras discussões
de convencimento humano, de opiniões tendenciosas, incapazes de levar a
reflexões profundas para qualquer mudança de comportamento em Cristo.
Aquelas que seguem o
ordenamento cristão, sim, precisam deixar claro que as raízes ideológicas de
Cristo estão nas mensagens espirituais, na ética e que certamente ele
desaprovaria tudo o que a política e os políticos atuais praticam.
AUTOR: Tadeu de Moraes
GRUPO:
Sabedoria
II
Concurso Dissertativo Bíblico da Igreja da Missão Integral
Tema:
A Igreja e as questões políticas
Atualmente,
no seio da Igreja Cristã Protestante brasileira, pode-se perceber dois tipos de
posicionamentos políticos que são antagônicos: entre a membresia há discursos
apolíticos e já entre a liderança pastoral há excessivo envolvimento em
candidaturas a cargos políticos.
A
postura apolítica originou-se a partir de concepções errôneas do papel da
Igreja na sociedade, bem como da experiência histórica infeliz da simbiose
entre Igreja e Estado na era Medieval, que acabou desvirtuado os princípios
fundamentais cristãos.
Tal posicionamento de mando e
desmando da Igreja levou ao surgimento da Reforma Protestante, e, junto com
ela, muito passaram a cultivar a ideia da omissão em relação à política, em
razão dos traumas sociais causado pela predominância da Igreja Católica.
O texto de Romanos 13: 1 e 2
diz que devemos ser sujeitos às autoridades, pois são constituídas por Deus.
Contudo, não significa concluir que devemos nos conformar com a situação por
elas proporcionada, fruto de má gestão da coisa pública e na maioria das vezes
de corrupção.
Por outro lado, tem sido disseminadas
no Brasil candidaturas de líderes religiosos protestantes, que, chamados ao
pastoreio da Igreja, abandonam o púlpito em troca da bancada partidária. E,
muitas vezes, dão mau testemunho do Evangelho de Cristo se envolvendo em
grandes escândalos de corrupção. Há de se haver coerência entre o que se prega
e a experiência de vida. Sendo um pastor chamado para o pastoreio, não deve ele
deixar a Igreja para assumir um cargo político, pois são duas funções
incompatíveis.
A Bíblia diz, em Efésios 4:11,
que o Senhor designou uns para apóstolos, outros para profetas, e outros para
evangelistas, ou seja, cada cristão teu seu papel, não apenas na Igreja, mas na
sociedade. E Mateus 5 diz que somos a luz do mundo e o sal da terra, portanto,
o cristão, onde quer que esteja deve ter posturas diferentes do que é ordinário
e comum.
Em nenhum momento Jesus afirmou
que devemos desconsiderar a política ou a obediência às autoridades
constituídas, e o texto de Mateus 22:21 comprova isso quando o Mestre diz que
devemos dar “a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Isto
significa que o Cristão não pode anular o fato de, além de ser um cidadão do
céu, ser um cidadão da terra, com direitos e deveres.
Diante disso, cabe a Igreja
Brasileira refletir acerca de seu papel sócio-político, e a cada cristão buscar
ter um senso crítico a respeito da sociedade em que vive, pois até que Jesus
volte, continuaremos nesse mundo, e, por isso, devemos nos envolver com as
questões políticas e humanitárias que nos cercam, a fim de fazer valer o título
de luz do mundo e sal da terra.
AUTORA:
Thainá Lima Bittencourt de Castro
GRUPO:
Águia
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